segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A AUTORA ANNE RICE - A VERDADEIRA MÃE DOS CONDENADOS DA NOITE


Anne Rice (Nova Orleans, Louisiana, 4 de Outubro de 1941) é uma escritora norte-americana, autora de séries de terror e fantasia.
Nascida Howard Allen O'Brien, ela mesma escolheu 'Anne' como primeiro nome, ao entrar na escola. Em 1956 perdeu a mãe, Katherine, e dois anos depois, com o pai casado novamente, a família mudou-se para a cidade de Richardson, no Texas, onde Anne conheceu seu futuro marido, o poeta e pintor Stan Rice.

História

Em seus livros ela invariavelmente apresenta seus vampiros como indivíduos com suas paixões, teorias, sentimentos, defeitos e qualidades como os seres humanos mas com a diferença de lutarem pela sua sobrevivência através do sangue de suas vítimas e sua própria existência, que para alguns deles, é um fardo a ser carregado através das décadas, séculos e até milênios.
Seu livro de maior sucesso é "Entrevista com o vampiro". Anne relata que escreveu esse livro em apenas uma semana, após a morte de sua filha por leucemia, filha esta que está brilhantemente retratada na personagem Cláudia. Entrevista com o Vampiro foi para as telas dos cinemas, sendo que Anne escreveu o roteiro e acompanhou de perto a produção. Na época do lançamento do filme foi amplamente divulgado. A decepção da autora foi quanto a escolha do ator para o personagem Lestat (Tom Cruise), sendo divulgado que ela o considerava apenas um rostinho bonito e sua preferência era o ator Rutger Hauer (inclusive no livro A História do Ladrão de Corpos, através de uma fala de Lestat, ela indica isto). Após a estréia ela voltou atrás.
Já no segundo filme, "A Rainha dos Condenados", Anne não teve qualquer participação em nenhuma etapa de sua produção, o que pode explicar a pouca repercussão que o filme obteve e as extremas "licenças" poéticas que os produtores tomaram a liberdade de fazer descaracterizando pontos importantes da saga dos vampiros.
Em 2005 Rice anunciou que, após o falecimento de seu marido Stan Rice, deixará de escrever obras sobre vampiros, bruxas e outros seres fantásticos, e agora irá se dedicar a outros gêneros literários.
Em Christ The Lord: Out of Egypt, lançado em 2005, Rice despede-se dos seus temas habituais para escrever um retrato curioso de um Jesus aos sete anos de idade, partindo do Egito com a família, para voltar para sua casa em Nazaré. Neste livro, Rice nos brinda com um comovente epílogo no qual ela descreve o recente retorno à sua fé Católica e avalia de forma divertida e ácida a moda dos estudos bíblicos nos dias de hoje.

 

Livros Publicados

Série Crônicas Vampirescas

Série Novos Contos de Vampiros

Série Bruxas Mayfair

  • The Witching Hour (1990) / A Hora das Bruxas I e II
  • Lasher (1993) / Lasher
  • Taltos (1994) / Taltos

Série Beauty

(todos como A. N. Roquelaure)
  • The Claiming of Sleeping Beauty (1983)/ O Sequestro da Bela Adormecida
  • Beauty's Punishment (1984)/ O Castigo da Bela adormecida
  • Beauty's Release (1985)/ A Libertação (ou "liberdade") da Bela Adormecida

Série A Vida de Cristo

  • Christ The Lord: Out of Egypt (2005) - Cristo, O Senhor: a Saída do Egito
  • Christ The Lord: The Road to Cana (2008) - Cristo, O Senhor: O Caminho para Caná
  • Christ the Lord: the Kingdom of Heaven (sendo escrito)

Série Songs of the Seraphim

Angel Time (2009)

Romances únicos

  • The Feast of All Saints (1979) - A Festa de Todos os Santos
  • Cry to Heaven (1982) - Chore para o Céu
  • Exit to Eden (1985)(como Anne Rampling) -
  • Belinda (1986) (como Anne Rampling) -
  • The Mummy (1989) - A Múmia ou Ramsés, o Maldito
  • Servant of the Bones (1996) - O Servo dos Ossos
  • Violin (1997) - Violino
  • The Master of Rampling Gate (2002) - O Senhor de Rampling Gate (Publicado no Brasil no livro “Os 13 Melhores Contos de Vampiros”, de Flávio Moreira da Costa)

Autobiografia

  • Called Out of Darkness (2008)

POESIAS VAMPIRICAS & GOTICAS



Poesia do silêncio

Nestas horas mortas que a noite cria, entre um e outro verso do pavoroso poema, que sob a pálida luz de uma vela eu lia, me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz!  Entre as sombras vacilantes da noite, chegam em formas indefinidas, que sobre minha cabeça pairam, aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente, a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo, ocupando o vazio do meu ser, preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e, agora, somente o sentimento de dor. O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Que pena paga um condenado pelos sentimentos! Oh, agonia incessante. Que martírios mais terei que suportar? Como um medo tão latente do desconhecido, pode tanto me apavorar? Será do vazio de minha alma que sinto medo? Ou do esquecimento do meu ser, por outro já amado?
Não é do fim da vida que treme minha alma, mas do fim do sentir-se bem eterno. Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado, ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado.


Quero ser a noite

Já não me basta este corpo de carne
E já me doem lembranças desta vida
Eu quero ser a noite, em todo seu esplendor
Quero ser o céu escuro que te cobre nas noites sem lua
Já não me basta esta beleza limitada
Essas paixões de memórias
Este corpo de vida curta
Não quero ser lembrada
Não quero ser esquecida
Não quero estar aqui
Eu quero ser
Apenas ser
E sempre ser
Eu quero que me sintas, me toques, me vejas
E eu não estarei lá
Não quero estar ao teu lado para que apenas assim penses
em mim
Eu
quero ser a noite, em todo seu esplendor
A noite de beleza eterna
Quero ser a brisa que te toca todas as manhãs
Que te traz noticias de além mar
Eu quero ser o manto negro que te cobre ao final de todas as tardes
Eu quero ser a noite
Quero ser para sempre